segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Do erro

Foi toda a minha energia naquele e-mail. Preciso fazer coisas simples, como escovar os dentes, e não consigo. Não consigo. Fiz o que não podia fazer e agora me desculpar parece insuficiente. Erro pequeno, dois toques. O suficiente para um turbilhão de sentimentos e dessentimentos orquestrados pela culpa. Desculpa.
Parece que nunca mais vai ser o mesmo, nunca. Vai ficar como se nada tivesse acontecido, e aquele elefante sentado entre um e outro lugar. Perdi por ficar inerte, errei por tentar nada fazer e fazer.
Desculpo-me. Culpo-me. Detesto-me.
Nada nada nada faço, simplesmente reclamo. 'Reclamar é desperdício de energia', mas que importa a quem não mais as tem.
Estouro bolhinhas para me lembrar da impaciência e do humor instável que estranhamente adoro.
Dois dedos; dois toques; uma pressão. O suficiente para estourar a bolhinha e não mais ser.

Um comentário:

Aline Reinhardt disse...

não adianta. não explico o que é nem com quem é [ó uma pista...]
quem é sabe se ler.