quinta-feira, 26 de abril de 2007

De como sobreviver a um trabalho em grupo

Trabalhos em grupo são um caos. Por mais que a gente se entenda com os colegas, trabalhar com eles é extremamente complicado. Na Escola, no Médio, eu tinha um grupo afinado para fazer trabalhos juntos. Até que começaram as brigas. As brigas foram - mais ou menos - resolvidas e os componentes, afastados. Acabamos ficando a Isa e eu fazendo sempre juntas os trabalhos, porque éramos uma boa equipe. As discussões aconteciam, e muito, mas fluíam, faziam com que nossas produções ficassem muito boas. E completando o grupo, quase sempre tínhamos a companhia do Mau e do Sandro, com quem não faltavam afinidades.
Mas lá tudo bem, as brigas aconteciam mesmo, não tínhamos muita noção de diplomacia, e as coisas se resolviam mal ou bem. Cada um seguiria uma profissão diferente mesmo, não éramos concorrentes nem no vestibular, não havia muito estres. Nada de egos extremamente inflados como os que se apresentam na Comunicação Social.
Parece ser pré-requisito para ser jornalista: admitir ser menor apenas que seu ego. E isso se mostra de diferentes formas. Impositivas, como o meu (ou meus, pq se é possível ter mais de um ego, eu os tenho!); apresentações mais brandas, como o magnânimo, que tudo entende; formas mais fechadas, como o que fica sempre na retranca, achando que está sempre sendo injustiçado porque os outros não compreendem sua genialidade, e por aí vai.
[Um parêntese: verificando a ortografia do texto, a proposta do corretor para substituir "egos" foi a palavra "ecos" - lembra alguma coisa amiguinhos?]
Durante a realização de trabalhos em grupo, que geralmente têm cinco ou seis pessoas, as diversas visões, influências e egos entram em conflito, inevitavelmente. Quando não sabemos lidar com isso, acabamos tendo convivências desastrosas como a que acabo de vivenciar e sobre a qual quero me abster de detalhes, por enquanto.
Impressionante é o poder devastador que tem uma convivência conturbada sobre uma pessoa; apresentei o trabalho em questão sob febre e confusão mental, que foram abrandando a medida que eu ia me aproximando da minha casa e o pesadelo ia terminando. Acho que, por ainda não ter conseguido falar francamente sobre as coisas que me incomodaram e quase me fizeram perder paciência e compostura, amanhã acordarei sem voz. Mas para sobreviver a isso, um chazinho de folha de laranjeira e mel já é o suficiente. Ajuda com a garganta e acalma. Já para sobreviver a trabalhos em grupo, a trabalhos em qualquer equipe, somente me tornando budista, porque acho que enfarto qualquer dia em um trabalho desses.

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