domingo, 1 de julho de 2007

De uma angústia sem título

O semestre passou correndo. Já é julho e eu nem tinha notado! Meu quinto semestre da faculdade já terminou, e nem deu para sentir ainda. Acho que esse foi o semestre mais intenso que vivi nos últimos tempos. Muita coisa aconteceu, mal vi o tempo passar, mas olhando para trás vejo que muita, mas muita coisa mudou, e que o tempo passou, sim. Prefiro nem enumerar tudo que aconteceu [algumas coisas é melhor não publicar mesmo], mas só consigo lembrar das coisas boas que aconteceram. Muita coisa ruim veio junto, mas são coisas que não consigo lembrar. Lembro das boas, porque são boas e porque têm reflexos interessantes até hoje.
Maio sempre foi um mês marcante pra mim, mês de acontecimentos, de coisas intensas, de novas experiências e de muita produção. Esse maio também foi especial, com viagens, amigos e prêmios. Junho - quebrando monotonias juninas - também foi bem legal. Comecei a trabalhar [estagiar] em jornalismo mesmo, e estou tendo a honra de ver coisinhas minhas serem assinadas. Vaidades que só o ego jornalístico perdoa. Até um filme fizemos nesse semestre, coisa que nunca imaginei fazer e que me encantou muito, me deu um gás novo para seguir produzindo, apesar de minha área não ser muito a do audiovisual.
Não sou muito fã de ficar escrevendo sobre mim de forma boba, sem muito estilo e muito porquê como agora, mas estou cansada, vivendo a Fenadoce nos últimos dois dias, trabalhando muito comigo mesma e com os outros, e isso me deixa pensando em como o tempo passa, a gente muda e cresce muito rápido. Minhas amizades estão muito diferentes de um ano atrás, sem fazer juizo de valor, mas agora me sinto mais livre e feliz para aproveitar com esses amigos.
E mesmo fazendo uma avaliação positiva de tudo, me sinto deprimida, triste, me sentindo incapaz, sentindo que não estou dando tudo de mim, me esforçando tanto quanto eu posso me esforçar para fazer as coisas darem certo, para fazer o melhor texto que a minha mente puder produzir, para fazer o melhor comentário possível a mim, e não um comentário bobo que qualquer um faria, ou um texto bobo como esse.
Está tudo lindo, está tudo muito bom, não existe nada que eu possa reclamar, e mesmo assim no final do dia me sinto péssima, a pessoa mais inútil do mundo, sem vontade de voltar para casa ou encarar o que quer que seja. Muito menos encarar a mim mesma.
Parece que eu sigo com algo inacabado, com alguma coisa pendente que não tenho coragem de ir adiante, que não tenho coragem de fazer acontecer de verdade. Estou deixando algo em aberto que não deveria ficar, estou deixando coisas mal esclarecidas, mas essa não é minha característica. Não quero deixar as coisas soltas por aí, e as vontades se acumulando e sendo negligenciadas. Mas falta força, falta vontade, falta coragem de ir em frente e aproveitar tudo isso que me aconteceu e está acontecendo. Medo de mim mesma, medo de vocês.

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