quarta-feira, 25 de julho de 2007

Da memória fraca e a velhice certa

Estou aqui navegando e ouvindo Beatles [porque eu não sou repetitiva, capaz] e me emocionei cantando num inglês sofrível um falsete pior ainda. E aí me lembrei que tem outra menina na sala, alguém que eu não conheço e ela não me conhece. E acho que me dei conta pq ouvi ela rir, mas não tenho certeza por causa dos fones.
Mais cedo eu saí do jornal e depois de andar quatro quadros me lembrei que tinha vindo de carro, e que precisava sair com ele. Voltei, vi um restaurante e resolvi almoçar [meu estômago ganhou do meu atraso em vir pra católica] . Quando saí do restaurante andei mais duas quadras na direção oposta a onde estava o carro. Se alguém parado numa das muitas calçadas-ponto-de-encontro da quinze me viu andando pra cima e pra baixo deve ter pensado: essa menina tem problemas. Pelo menos era o que eu estava pensando.
Estranho eu fazer esse tipo de coisa, não faz muito o meu tipo, sou uma pessoa com uma memória e um nível de concentração próximos à média nacional. Mas que eu tenho esquecido de tudo tenho. É o cansaço. Ou as traças da sala de redação comeram um pedacinho do meu cérebro.

Hoje conversei [é a palavra que eu uso pra entrevistas informais] com um tiozinho de quase 99 anos. A cabeça dele não tá mais uma loucura, datas e fatos se misturam, mas ele me falou uma coisa que eu achei legal: "Se a gente futurasse o que vai acontecer se guardava pro futuro". É, a vida é uma surpresa constante, com coisas que a gente não imagina, mas pras quais a gente tem que se preparar. Eu tento me preparar sem noia, vivendo o presente bem pra ter uma base pro futuro. porque o futuro é isso que vem depois do ponto.

Um comentário:

Diogo Madeira disse...

Um show de efeito "forest gump" ^^

beijos,
Diogo Madeira