domingo, 16 de novembro de 2008

Do Plurk

Lendo um dos primeiros textos/artigos/ensaios/reflexões sobre blogs feitos, da Rebecca Blood, fiquei pensando numas coisas que ela diz. Uma delas não tem coisa alguma a ver com o meu TCC, mas me chamou a atençao. Ela diz que a falta de uma ordem específica para o que a pessoa deve postar acabou mudando o foco do que era postado em blogs. Antes do Blogger, os blogs eram um filtro de links comentados ou não; uma das ferramentas que facilitaram a popularização dos blogs até mesmo tinha em seu formulário de publicação o espaço para a URL indicada, para o título da postagem e para o comentário. O Blogger sempre foi desse jeito qe é agora, de não te dizer o que postar, simplesmente dar a ferramenta para fazê-lo.

Acabei fazendo uma analogia meio rápida disso com a popularização do Plurk em detrimento do Twitter aqui em Pelotas e arredores. O Plurk prioriza a visualização da tua rede social apenas, e por eu nunca ter parado para analisar ele não sei como anda sua popularidade fora daqui. Mas em Pelotas, a normativa do Twitter de perguntar "O que você está fazendo" acabou afastando um monte de gente de lá quando se descobriu o Plurk. Claro que não é só a pergunta, mas sim a estrutura do Twitter que não valoriza a conversação tanto quanto o Plurk que, para a preguiça dos pelotenses, engessou o uso. Mas essa estrutura, pra mim, tem a ver com o propósito de se fazer um registro de acontecimentos diários e não uma conversação/debate sobre eles. O Plurk nos pareceu - pelo menos a mim e as pessoas com quem converso sobre isso, como a Karinex - melhor para conversar e realmente estar em contato com as pessoas que seguimos. Um voyerismo em uma plataforma que favorece a interação, digamos assim.

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